quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Com bíceps de 78,7 cm, egípcio luta contra acusações e roupas justas

28/11/2012 15h13 - Atualizado em 28/11/2012 16h00

Moustafa Ismails faz treinamento exaustivo e levanta 270 Kg diariamente.

Fisiculturista diz que críticas e roupas ideais são grandes desafios.


Para manter seu físico de “Popeye”, o fisiculturista egípcio Moustafa Ismails come 3Kg de proteínas, 4 Kg de carboidratos e quase 11 litros de água por dia para manter seus braços com 78 cm de diâmetro, correspondente ao tamanho da cintura de um homem pequeno.
Muitos céticos desconfiam de Moustafa, e acusam o fisiculturista de utilizar esteroides e outros meios artificiais para conseguir bíceps e tríceps com tamanhos tão impressionantes, ao ponto que a equipe do Livro dos Recordes está receosa em reconhecer o egípcio como o dono dos maiores braços do mundo.
Moustafa treina duas horas por dia levantando até 270 Kg (Foto: Stephan Savoia/AP)Moustafa treina duas horas por dia levantando até 270 Kg (Foto: Stephan Savoia/AP)
Ismails insiste que seus braços são completamente naturais, e que o segredo está por trás de seu exaustivo treinamento. “Eles me chamam de Popeye egípcio”, porém, ao contrário do desenho, “gosto de galinha, carne, de qualquer coisa, a não ser espinafre”, contou o homem de 24 anos.
Não é nada fácil ser o dono dos maiores braços do mundo: porções generosas de aves, frutos do mar e shakes servem de combustível para o treinamento diário de duas horas, no qual Moustafa levanta 270 Kg. Ele também consome suplementos minerais e vitamínicos e muita água para limpar seu organismo.
Entre os desafios do fisiculturista, estão as críticas e a dificuldade em encontrar roupas (Foto: Stephan Savoia/AP)Entre os desafios do fisiculturista, estão as críticas e a dificuldade em encontrar roupas (Foto: Stephan Savoia/AP)
Contudo, um grande desafio é na hora de comprar roupas. Como o resto do corpo de Ismail é de tamanho médio, encontrar camisetas que caibam em seus braços é um problema, sem que o modelito fique esquisito. As críticas e a falta de reconhecimento oficial do Guiness também chegaram a tirar o sono do fisiculturista, entretanto, Moustafa afirma que as críticas “são motivação” para ele. “Não vão me colocar para baixo”, afirmou. Diversas pessoas especularam que ele poderia ter injetado em seus músculos uma substância oleosa chamada “synthol”, utilizada para inflar tecidos musculares.
Mesmo levantando 270 Kg todos os dias, o egípcio afirma que não costuma focar na quantidade de peso que consegue levantar. “Não se trata de quanto eu levanto. Se trata de desenvolver as técnicas certas, mesmo com pesos leves, mas conseguir bons resultados com isso”, explicou Moustafa.
Ismail começou a trabalhar seus músculos em sua terra natal, antes de se mudar para os EUA em 2007 para morar no estado de Boston. Para conseguir pagar a academia e arcar com suas despesas de sua dieta, Moustafa trabalhava em dois empregos como frentista de postos de gasolina, mas desistiu depois que sua mulher achou que estava se desgastando demais.
Egípcio come 3Kg de proteínas e toma quase 11 litros de água por dia como parte de sua dieta (Foto: Stephan Savoia/AP)Egípcio come 3Kg de proteínas e toma quase 11 litros de água por dia como parte de sua dieta (Foto: Stephan Savoia/AP)

FONTE: G1.COM

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Quatipuru pode receber R$ 431 mil a mais do FPM.

Quatipuru pode receber R$ 431 mil a mais do FPM.

Se a Presidente Dilma sancionar a o projeto de lei que redistribui os royalties pela exploração de petróleo, a provado pelo congresso nacional, Quatipuru irá passar dos atuais R$ 83.672,65 (Distribuído em 2011 pela Regra Atual) para R$ 514.768,76 (Receberá em 2013 com a Regra aprovada pelo Congresso Nacional) um aumento de R$ 431.096,11, dinheiro este que poderá ser investido em educação, saúde e segurança. Vale ressaltar que os únicos deputados paraenses que votaram contra o projeto foram os petistas: Beto Faro, Cláudio Puty e Zé Geraldo. Nos bastidores ouve-se que votaram por ordem do planalto.
O projeto pode ser vetado pela presidente Dilma, visto que ele beneficia apenas os municípios não produtores de petróleo, mas a constituição brasileira afirma que tudo o que está no subsolo pertence a união, ou seja, a todos os brasileiros, como é o caso da mineração, por que com o petróleo seria diferente? Creio eu que em caso de veto a presidente assumi mais uma vez como a nação trata os estados e municípios brasileiros, sempre priorizando os do sudeste e atacando os municípios do eixo norte e nordeste.



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Deputados do PT/Pará Votaram Contra o Pará receber R$300 Milhões do Royalties do Petróleo


Pará deve receber R$ 300 mi

PETRÓLEO
Projeto aprovado ontem na Câmara beneficia estados não-produtores
BRASÍLIA
Thiago Vilarins
Da Sucursal
O Congresso Nacional aprovou na noite de ontem o polêmico projeto de lei que redistribui os royalties pela exploração de petróleo. O projeto favorece os estados que não produzem petróleo, em detrimento dos produtores. Com 296 votos a favor e 124 contra, os deputados aprovaram o projeto que já recebeu luz verde do Senado e rejeitaram o substitutivo do relator do assunto na Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), proposta defendida pelo governo federal que obrigava estados e municípios a investir todos os recursos em educação. A lei espera agora o veto ou a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Na versão do Senado, de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), não há especificação do quanto será destinado para cada área, e apenas são citados os setores beneficiados com os recursos dos royalties. São eles: "educação, infra-estrutura social e econômica, saúde, segurança, programas de erradicação da miséria e da pobreza, cultura, esporte, pesquisa, ciência e tecnologia, defesa civil, meio ambiente, programas voltados para mitigação e adaptação às mudanças climáticas e para o tratamento e reinserção de dependentes químicos".
A proposta aprovada era a defendida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que agora calcula quanto deverá ser a distribuição dos royalties para cada Estado. Dados preliminares da CNM apontam que o Pará deverá receber em torno de R$ 300 milhões por ano (40% a mais do que recebe atualmente), enquanto pela proposta do relator o Estado perderia em torno de R$ 126 milhões. Pelo texto de Vital do Rêgo, que foi aprovado no Senado em outubro do ano passado, a União tem sua fatia nos royalties reduzida de 30% para 20% já em 2012. Para os Estados produtores - Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo - a participação cai de 26,25% para 20%. Já os municípios produtores (confrontantes) são os que sofrem maior redução: de 26,25% passam para 17% em 2012 e chegam a 4% em 2020. Os municípios afetados pela exploração de petróleo também sofrem cortes: de 8,75% para 2%.

Matéria de o Liberal
 do 
SAIBA COMO VOTARAM OS DEPUTADOS PARAENSES:
Quem votou SIM, aprovou o projeto que Aumentou a participação do Pará nós Lucros do Petróleos para o Paraenses. Os deputados que votaram NÃO, rejeitaram a proposta aprovada, pois apoiavam o projeto do governo.
Votos no Pará

Pará (PA)

Arnaldo Jordy (PPS) – Sim
Asdrubal Bentes (PMDB) – Sim

Beto Faro (PT) Não
Cláudio Puty (PT) – Não

Dudimar Paxiúba (PSDB) – Sim
Elcione Barbalho (PMDB) Sim
José Priante (PMDB) – Sim
Lira Maia (DEM) – Sim
Lúcio Vale (PR) – Sim
Miriquinho Batista (PT) – Sim
Wandenkolk Gonçalves (PSDB) – Sim
Wladimir Costa (PMDB) – Sim

Zé Geraldo (PT) – Não
Total Pará: 13
Como pode-se perceber apenas os Deputados Petistas votaram contra a maior arrecadação para o Estado. Seguindo orientação do governo federal.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O tema estúpido da redação do Enem... Por Reinaldo de Azevedo


                            

O tema estúpido da redação do Enem, as mentiras do examinador e as duas exigências absurdas feitas aos estudantes. Ou: Intelectualmente falando, prova de redação deveria ser impugnada!

Não vi no detalhe a prova do Enem. Sei que professores de cursinho divergem sobre a resposta de algumas questões, a maioria relacionada a interpretação de texto, que costuma mesmo ser terra de ninguém. Mas não vou me ater a isso agora. Quero aqui comentar o tema da redação.
Poucas pessoas se deram conta de que o Enem — quem quer tenha elaborado a prova — deu à luz uma teoria e obrigou os pobres estudantes a escrever a respeito, a saber: “O movimento imigratório para o Brasil no século XXI”. Ainda que houvesse efetivamente um fenômeno de dimensão tal que permitisse tal afirmação — não há —, cumpre lembrar que estamos apenas nos 12 primeiros anos do referido século.
“Século”, em ciências humanas, não é só uma referência temporal. É também um tempo histórico. Mais 30 anos podem se passar, sem que tenhamos chegado à metade do século 21, e podem diminuir drasticamente as correntes — que nem são fluxo nem são movimento — de migração para o Brasil. Tratar esse evento como característica de século é burrice. Provo: “O PT é o partido que mais elegeu presidentes no século XXI”. O que lhes parece? Ou ainda: “O PSDB é o maior partido de oposição do século XXI no Brasil”. Ou isto: “O PMDB, no século 21, participa de todos os governos”.
Ao estudante, são apresentados três textos de referência. Um deles trata da imigração para o Brasil no século 19 e começo do século 20 e de sua importância na formação do país. Um segundo aborda a chegada dos haitianos ao Acre, e um terceiro trata dos bolivianos clandestinos que trabalham em oficinas de costura em São Paulo.
Vejam que curioso. O examinador acabou fazendo a redação — e das ruins, misturando alhos com bugalhos. Tenta-se induzir os alunos a relacionar essas duas ocorrências recentes — a chegada de haitianos e de bolivianos — aos fluxos migratórios do passado, quando houve um claro incentivo oficial à entrada de imigrantes. Os fatos de agora não guardam qualquer relação de forma ou conteúdo com o que se viu no passado.
Mas e daí? O Enem não está interessado em rigor intelectual — e bem poucos alunos do ensino médio teriam, com efeito, crítica suficiente para estabelecer as devidas diferenças. A prova não quer saber dessas diferenças — e chego a temer que um aluno mais preparado e ousado, coitado!, possa quebrar a cara. Um ou outro poderiam desmoralizar a “teoria”, com o risco de ser desclassificado.
Na formulação da proposta, pede-se que o aluno trate do tema “formulando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos”. Assim, exige-se do pobre que, além de defender e sustentar com argumentos uma tese estúpida, ainda se comporte como um verdadeiro formulador de políticas públicas ou, sei lá, um especialista em populações.
Essas duas exigências foram já incorporadas às provas de redação do Enem. Muito bem: digamos que um estudante seja contrário a que se concedam vistos a quaisquer pessoas que cheguem clandestinas ao Brasil, defendendo que sejam repatriadas. Esse aluno hipotético estaria apenas cobrando respeito à lei — pela qual deve zelar o Poder Público — o mesmo Poder Púbico que realiza a prova.
Digam-me cá: a repatriação de clandestinos é uma “intervenção aceitável”, ou o estudante está obrigado a concordar com o examinador, como há de ceder que, afinal, dois mais dois são quatro? A repatriação, no caso, seguindo os passos das leis democraticamente instituídas no Brasil, caracteriza um atentado aos direitos humanos? Até agora, o próprio governo federal não sabe o que fazer com os haitianos, e o Ministério Público do Trabalho não consegue coibir a exploração da mão de obra boliviana. Por que os estudantes teriam de ter para isso uma resposta?
Atenção! Eu nem estou aqui a defender isso ou aquilo. Noto apenas que a imigração ilegal divide opiniões no mundo inteiro e que é um absurdo, uma arrogância inaceitável, que se possa, depois de inventar uma tese, estabelecer qual é a opinião correta que se deve ter a respeito, exigindo ainda que os estudantes proponham “intervenções”, porém vigiados pelo “Tribunal dos Direitos Humanos”. Aí o bobinho esperneia: “Mas defender os direitos humanos não é um bem em si, um valor em si?”. Claro que é! Assim como ser favorável ao Bem, ao Belo e ao Justo. A questão é saber que tribunal decide quando “os direitos humanos” estão ou não a ser respeitados. Eu, por exemplo, considero que seguir leis democraticamente instituídas ou referendadas, segundo os fundamentos da dignidade humana (a integridade física e moral), é uma expressão eloquente dos… direitos humanos!
A prova é apenas macumbaria multiculturalista mal digerida — não que possa haver uma forma agradável de digeri-la, é bom deixar claro! As provas de redação do Enem — e de vários vestibulares — têm cobrado que os alunos sejam mais bonzinhos do que propriamente capazes.
Não por acaso, nas escolas e nos cursinhos, as aulas de redação têm-se convertido — sem prejuízo de o bom professor ensinar as técnicas da argumentação — numa coleção de dicas politicamente corretas para o aluno seduzir o examinador. Com mais um pouco de especialização, o pensamento será transformado numa fórmula ou numa variante do “emplastro anti-hipocondríaco”, de Brás Cubas (o de Machado de Assis), destinado “a aliviar a nossa pobre humanidade da melancolia”.
É o que têm feito os professores: um emplastro antipoliticamente incorreto, destinado a “aliviar os nossos pobres alunos da tentação de dizer o que eventualmente pensam”.
Isso, como todo mundo sabe, é o contrário da educação.
A partir de hoje, começo a escarafunchar as teses de especialistas brasileiros em geografia humana e populações em busca do “Movimento Migratório para o Brasil no século 21″ — nada menos. Segundo critérios estritamente intelectuais, essa prova de redação deveria ser simplesmente impugnada.
Sei que não é conforto para os alunos que fizeram a prova, mas escrevo mesmo assim: se vocês não tinham muito o que dizer a respeito, não fiquem preocupados — vocês foram convidados a falar sobre uma falácia, sobre o nada.
Por Reinaldo Azevedo

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - Veja

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

'Mago do Photoshop' lembra início 'arcaico' em 2000 e revela foto inédita


Sueco Erik Johansson cria cenas impossíveis a partir das fotos que tira.
Em entrevista ao G1, ele conta que sua 1ª câmera tinha 1.2 Megapixel.

Fábio TitoComente agora
Aos 25 anos de idade, o artista sueco Erik Johansson possui um portfólio considerável de imagens que ele descreve como "ideias surreais realizadas de forma realística com um toque de humor", e que lhe permite o rótulo de "mago do Photoshop".
Erik Johansson, em autorretrato (Foto: Divulgação/Erik Johansson)Erik Johansson, em autorretrato
(Foto: Divulgação/Erik Johansson)
Apesar de desenvolver trabalhos publicitários como freelancer, ele não esconde que sua paixão são os projetos pessoais, onde ele extrapola a imaginação criando cenas fantásticas com a ajuda do computador. E as peças são produzidas a partir de fotografias que ele mesmo clica, já que gosta de ser responsável por todas as etapas do processo.
Em entrevista ao G1 direto de Berlim, onde mora atualmente, Erik contou por telefone como foi se descobrir um artista da manipulação das imagens e lembrou das experiências autodidatas que o levaram a aperfeiçoar sua técnica desde cedo, quando aos 15 anos ganhou a primeira câmera digital, com 1.2 Megapixels.
Erik aproveitou a entrevista para divulgar em primeira mão pelo G1 seu último projeto pessoal finalizado, a imagem que ele batizou de "Cut and fold" ("Cortar e dobrar", em inglês). Erik fala sobre a ideia na entrevista que segue logo abaixo.Formado em engenharia da computação, o sueco toca trabalhos comissionados paralelamente a seus projetos pessoais, e já produziu para empresas como Google, Microsoft e Ikea. No final de 2011, Erik foi convidado para falar sobre viagem no tempo/espaço através da imaginação e imagens em uma "TED Talk" (assista em inglês), série de palestras promovida pela organização sem fins lucrativos TED em torno de temas como tecnologia, entretenimento e design.
Com detalhes minusciosamente trabalhados, a cena surreal criada por Erik Johansson mostra uma estrada cuja faixa central teria sido cortada por uma tesoura gigante, como se a linha tracejada fosse uma indicação de corte das que são comuns em revistas com cupons impressos (Foto: Divulgação/Erik Johansson)Com detalhes minusciosamente trabalhados, a cena surreal criada por Erik Johansson mostra uma estrada cuja faixa central teria sido cortada por uma tesoura gigante, como se a linha tracejada fosse uma indicação de corte das que são comuns em revistas com cupons impressos (Foto: Divulgação/Erik Johansson)
G1 - Li que você ganhou a primeira câmera digital aos 15 anos, no ano 2000. Você começou imediatamente a manipular as imagens que produzia?
Erik Johansson - 
Eu nunca tinha mexido muito com fotografia. Já tinha tido uma câmera analógica, mas só isso. Então comecei direto no digital, e foi bastante natural começar a modificar as imagens. Comecei brincando, fazendo coisas simples como mover as coisas de lugar, alterar as cores... Eu só estava brincando, mas foi assim que eu comecei a aprender e a desenvolver essa habilidade.
Minha primeira câmera foi uma Fujifilm com 1.2 Megapixels e um cartão de memória de 32 Megabites, se não me engano (risos). Transferir uma foto para o computador demorava um bom tempo. (...) Hoje eu uso uma Canon EOS 5D Mark II (com 21 Megapixels)"
Erik Johansson, fotógrafo e artista
G1 - Como foi esse começo? Você se lembra de que equipamento usava para fotografar e como foi aprender a mexer nos programas de edição?
Erik - 
Não lembro o modelo exato, mas minha primeira câmera foi uma Fujifilm com 1.2 Megapixels e um cartão de memória de 32 Megabites, se não me engano (risos). Transferir uma foto para o computador demorava um bom tempo. Não era a melhor câmera da época, mas funcionava bem para mim. E só de conseguir tirar uma foto e passá-la direto para o computador, sem nenhum processo intermediário... Era muito fácil se comparado com o filme. Foi natural esse interesse em manipular as imagens justamente porque me parecia simples demais parar por aí, não era o mesmo processo criativo de desenhar, por exemplo. E eu já tinha afinidade por computadores. Quanto ao software, acho que eu usava o Paintshop Pro, eu tinha a versão gratuita (risos). Ainda não usava o Photoshop. Mas isso tudo era só um hobby nessa época. Hoje eu uso uma Canon EOS 5D Mark II (modelo profissional com resolução de 21 Megapixels).
'Fishy island', de 2009 (Foto: Divulgação/Erik Johansson)'Fishy island', de 2009 (Foto: Divulgação/Erik Johansson)
G1 - E quando que o hobby se tornou algo mais sério?
Erik - 
Foi anos depois, por volta de 2009, quando eu estava estudando engenharia computacional. Um amigo meu comprou uma câmera, e por conta disso eu voltei a me interessar, acabei meio que "descobrindo" a fotografia uma segunda vez. Cerca de um ano depois, eu também comprei uma câmera nova, uma DSLR da Canon. E como já tinha mais conhecimento, queria fazer projetos maiores, mais avançados, dedicar mais tempo a cada foto. Ainda era um hobby, mas eu queria ver até onde iria. E quando passei a postar esses trabalhos na internet, comecei a receber alguns pedidos locais de trabalho comissionado.
'Face vs. Fist' (Face versus Punho'), de 2009. Em algumas imagens, o próprio fotógrafo aparece como personagem (Foto: Divulgação/Erik Johansson)'Face vs. Fist' (Face versus Punho'), de 2009. O
próprio fotógrafo aparece como personagem em
algumas obras(Foto: Divulgação/Erik Johansson)
G1 - Mas durante a graduação, em que momento você decidiu que seguiria apenas como fotógrafo dali em diante?
Erik -
 Não foi exatamente um momento... Quando eu me formei em 2010, já estava fazendo alguns trabalhos paralelos em fotografia como freelancer para algumas agências. Isso foi como uma transição, e eu achei que seria mais difícil se já começasse em um emprego na minha área de estudo e depois quisesse migrar para a fotografia. Então decidi ficar só como freelancer por um ano, para ver como seria. Se eu não ganhasse dinheiro suficiente ou se simplesmente não desse certo, eu procuraria algo na minha área de estudo. Mas acabou dando certo, mudei-me para uma cidade maior na Suécia (de Gothenburg para Norrköping), decidi ficar na área por mais um ano... E há seis meses me mudei com minha namorada para Berlim.
Sinto que algumas das ideias que eu tenho precisam ir além de apenas um quadro, uma imagem. Eu quero contar uma história com mais de uma cena, e acho que isso foi o que me empurrou na direção dos filmes"
G1 - Você diz em seu site que quer começar a explorar as manipulações também em filmes...
Erik - 
Sim! Ainda estou aprendendo a mexer nos softwares e descobrindo como vou desenvolver esse trabalho. Sinto que algumas das ideias que eu tenho precisam ir além de apenas um quadro, uma imagem. Eu quero contar uma história com mais de uma cena, e acho que isso foi o que me empurrou na direção dos filmes. Acho que esse plano vai estar mais bem desenvolvido dentro de um ano ou algo assim. Penso em coisas pequenas, como curta-metragens de alguns minutos. De vez em quando faço trabalhos como freelancer; também ajudo outros fotógrafos com retoques, pós-produção, e às vezes fotografo e faço retoques. Na maioria das vezes é algo em publicidade. Mas o que realmente importas para mim são os projetos pessoais. Mesmo assim às vezes preciso tocar alguns trabalhos comissionados para ganhar algum dinheiro (risos).
G1 - Você tem um blog em que mostra como algumas das suas fotos são produzidas. De onde surgiu esse interesse?
é preciso balancear, acho bom que fique algo de mistério em cada foto. Nunca exponho tudo por completo sobre uma fotografia"
Erik - Desde que comecei a colocar minhas imagens na internet, pessoas passaram a fazer perguntas e a me pedir tutoriais, esse tipo de coisa. Não sou muito bom com tutoriais, mas fico feliz em mostrar como resolvo alguns problemas para fazer as fotos. Também já gostava de ver como as outras pessoas fazem seus trabalhos, é legal compartilhar. Mas também é preciso balancear, acho bom que fique algo de mistério em cada foto. Nunca exponho tudo por completo sobre uma fotografia.

'Cutting light'. de 2012 (Foto: Divulgação/Erik Johansson)G1 - O que originou a ideia para essa sua nova fotografia, a "Cut and fold"? Você vai explicar como ela foi feita no seu blog?
Erik -
 Tive a ideia para "Cut and fold" vendo revistas com indicações para corte. Aquelas linhas tracejadas ou pontilhadas com o desenho de uma tesourinha, sabe? Pensei em aplicar essa ideia na faixa central de uma rodovia e fazer com que a paisagem pareça começar a se dobrar depois do corte. Acho que vou publicar o making of só daqui a uns dias, para fazer um suspense e deixar as pessoas pensando um pouco.
'Cutting light', de 2012 (Foto: Divulgação/Erik Johansson)
Fonte: G1.com

A Celpa e a Equatorial Energia, por Nicias Ribeiro


Publicado em O LIBERAL de 31/10/2012, 1º caderno, pág. 02

- Nicias Ribeiro                                           
- Engenheiro eletrônico

As Centrais Elétricas do Pará - Celpa - empresa concessionária dos serviços de distribuição de energia elétrica em todo o Pará e que, até hoje, está sob o controle do grupo “Rede Energia”, passa ao controle da “Equatorial Energia” a partir de amanhã, 01/11/2012, encerrando, assim, o dramático processo de “recuperação judicial” porque passou desde o início do ano. Usamos a palavra “dramático” porque, a nosso ver, a “recuperação judicial” de empresas, que substituiu o processo das antigas “concordatas”, não funciona a contento para as concessionárias de distribuição de energia, uma vez que essas empresas comercializam energia elétrica, e, ao deixarem de pagar a empresa geradora, no caso a Eletronorte, ficam inadimplentes com o setor e deixam de receber os recursos da CDE (luz para todos), RGR e outros, o que, obviamente, paralisa a empresa que, em tese, busca recuperar-se financeiramente e evitar a falência.
Daí o uso da palavra “dramático”, porque a rigor não há como recuperar nenhuma concessionária de distribuição de energia elétrica, em face da legislação específica do setor.
Seja como for, a partir de amanhã a Celpa será gerida pela sua nova controladora - a “Equatorial Energia”, a quem, obviamente, desejamos pleno sucesso e que, de imediato, acabem os recorrentes apagões de energia em Belém e em vários outros municípios do interior, notadamente em Breves e Altamira; além, é claro, da urgente regularização dos milhares de consumidores clandestinos da região metropolitana de Belém e das demais cidades do interior, que sofrem com o fenômeno das invasões urbanas. Aliás, a regularização desses consumidores é bom para a Celpa, pois evitará o desvio de energia e é bom para o consumidor clandestino que, ao regularizar-se, evita o risco de curto-circuitos e de incêndios.
Por outro lado, esperamos que a Equatorial Energia energize logo as linhas de transmissão de Portel à Bagre e de Breves à Curralinho, ambas em 34,5 Kvolt e integrantes da 1ª fase do chamado linhão do Marajó, que, aliás, estão totalmente implantadas, aguardando, apenas, o comissionamento das mesmas. E do mesmo modo sejam concluídas as obras de implantação da linha Breves-Melgaço, em 34,5 Kvolt, com apenas 35 km de extensão.
Mas, ao darmos as boas vindas à Equatorial Energia, que, para quem não sabe, é a controladora das Centrais Elétricas do Maranhão, lembramos da urgência na elaboração dos projetos executivos de construção das linhas da 2ª fase do linhão do Marajó e que atenderão os municípios de Anajás, Afuá, Chaves, Cachoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Salvaterra, Soure, Ponta de Pedras, Muaná e São Sebastião da Boa Vista; ressaltando, inclusive, que a configuração original do traçado dessas linhas foi reestudada visando uma maior segurança ao sistema, no que, aliás, concordamos plenamente. Seja como for, o importante é que a 2ª fase do linhão do Marajó seja iniciada logo, até porque a linha Breves-Melgaço, pelo andamento da obra, deverá estar energizada em dezembro próximo.
Já no baixo-Amazonas, tem as linhas que serão construídas a partir da subestação de Oriximiná e que integram o sistema de transmissão Tucuruí-Manaus, que atenderão os municípios paraenses daquela região, com exceção de Almeirim que, por sua vez, receberá energia da subestação do Laranjal do Jarí, que faz parte do sistema de transmissão Tucuruí-Macapá.
Na verdade, a partir da subestação de Oriximiná serão construídas as linhas que atenderão os municípios de Oriximiná, Óbidos, Juruti, Alenquer e Monte Alegre, em 138 Kvolt. Lembrando que a linha Obidos – Juruti ao atravessar o rio Amazonas, o fará por via submersa. Já as linhas Oriximiná-Faro-Terra Santa, Óbidos-Curuá, Monte Alegre-Prainha, serão todas em 34,5 Kvolt.
No entorno de Belo Monte tem, ainda, as linhas em 138 Kvolt de Altamira à Medicilandia e de Altamira à Anapú, de onde segue para Sen. José Porfírio, Porto de Moz e Gurupá. Isto sem esquecer da urgente travessia do rio Xingu para viabilizar a energização dos 350 km de redes já construídas na gleba Assurini, em Altamira.
É isso que esperamos da Equatorial, por enquanto, além do recolhimento do ICMS devido ao Estado.